terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A RELAÇÃO ENTRE A NUTRIÇÃO E A ESCLEROSE MÚLTIPLA

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A relação entre nutrição e esclerose múltipla tem vindo a ser investigada ao longo dos
últimos 50 anos, contudo segundo a Federação Internacional das Sociedades para a
Esclerose Múltipla, nenhum dos regimes ou teorias dietéticas vulgarmente defendidos
por alguns cientistas e médicos tem revelado qualquer efeito terapêutico significativo.
Apesar de certos estudos sobre os possíveis benefícios dos ácidos gordos essenciais
ómega 6 e ómega 3 utilizados no tratamento do sistema nervoso central, sugerirem que
determinados suplementos poderiam retardar a evolução da doença e reduzir a gravidade
e duração das recaídas, o efeito é limitado e ainda está sob investigação.
Uma das dietas que foi alvo de muita atenção foi a do professor americano Roy Swank, que
afirma que os doentes que fazem uma alimentação com baixo teor de gorduras saturadas
(menos de 20g por dia) e elevado teor de gorduras polinsaturadas tinham recaídas menos
frequentes, mais energia e maior esperança de vida.
Apesar de os efeitos específicos sobre a esclerose múltipla ainda estarem por provar, a dieta
de Swank é pelo menos equilibrada e está de acordo com as recomendações correntes sobre
a redução da ingestão de gorduras saturadas e colesterol, sendo improvável que apresente
quaisquer riscos nutricionais para os doentes com esclerose múltipla.
Não é o que se passa com outras dietas de eficácia ainda não confirmada, como a dos alimentos
crus, as terapias de vitaminas e minerais e as dietas isentas de alérgenos, que excluem certas
substâncias partindo do principio que a esclerose múltipla poderia resultar de uma reacção alérgica.
Estas dietas podem ter efeitos nocivos ao reduzirem a ingestão de nutrientes essenciais ou
aumentarem o risco de desequilíbrio dos nutrientes através de megadoses de vitaminas ou minerais.
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