quarta-feira, 16 de julho de 2008

INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN

São diagnosticadas em Portugal por ano 50 crianças com doença Celíaca,
ou seja são alérgicas ao Glúten presente nos cereais, mas que pode ser controlada.

A maioria dos cereais têm uma proteína, chamada gliadina, integrada num
componente designado por glúten, que permite que pão, bolos e bolachas cresçam.
Só o milho e o arroz não o contêm, pelo que, por exemplo, tem de se adicionar
sempre um pouco de farinha de trigo ao pão de milho, para que não fique espalmado.

Algumas crianças têm uma anomalia congénita que as torna intolerantes ao glúten,
apresentando sintomas e sinais algum tempo depois, de terem começado a comer cereais,
genericamente associados a inflamação intestinal. Os sintomas de doença celíaca podem
aparecer em qualquer momento da vida, e quanto mais tarde, mais difícil se torna
relacioná-los com a ingestão específica de cereais, dado que a criança já come
uma larga variedade de alimentos e está exposta a muitos factores ambientais.
Os sintomas mais comuns são;
má progressão de peso, crises de diarreia sem vómitos (fezes amareladas e gordurosas),
mudanças de humor, fraqueza muscular, distensão abdominal, e mais tarde sintomas de
má absorção intestinal; como carência de ferro, vitaminas ou minerais.
Perante uma suspeita, o médico pedirá análises que poderão mostrar, por um lado,
os problemas de absorção e por outro, a existência de anticorpos contra as proteínas
do glúten (gliadina, reticulina, e endomísio). Por vezes é necessário realizar outras
provas de absorção e biópsia do intestino.
Quando existe uma diarreia arrastada, por outras razões, por exemplo,
por infecção,pode surgir temporariamente uma intolerância ao glúten
(como à lactose do leite), mas passa com o tempo.
Para além do trigo, centeio, cevada e aveia, alguns alimentos também têm glúten,
alguns produtos de salsicharia, café solúvel e enlatados.
No caso de existir uma doença celíaca, a dieta sem glúten, é para toda a vida.
Se isto numa primeira fase, pode assustar os pais, depois verão que não é assim tão
complicado, pois existem já muitos produtos destinados a crianças com este problema.
Existem em Portugal associações que dão apoio aos pais, fornecem livros e receitas,
enfim, é importante que a criança não se sinta uma doente, mas sim, especial,
pois apenas tem de ter algumas restrições alimentares que em nada devem
alterar a sua qualidade de vida e auto-estima. Desde muito pequenas, as crianças
aprendem, que não devem comer determinados alimentos e geralmente habituam-se
bastante bem e cumprem o esquema nutricional imposto.


Um comentário:

Francisco Castro disse...

Olá, Ana Paula! Aqui eu conheço algumas pessoas que têm alguém na família com esse problema. Parece ser um problema bastante sério que merece muitos cuidados para não proporcionar sofrimento para essas pessoas.

Abraços

Francisco Castro